A Ministra do Ambiente vai participar no próximo Sábado, dia 23 de Maio, durante a manhã, numa cerimónia para atribuição do galardão reserva da Biosfera ao PNPG, juntamente com a Ministra do Ambiente de Espanha. Esta cerimónia será feita em território espanhol no Concello de Lóbios, naturalmente, como convém, para evitar o contacto directo com as populações locais.
Felizmente, os nossos amigos galegos informaram-nos e este evento deixou de ser reservado e permitir-nos-á pedir directamente à Senhora Ministra uma resposta à Carta que lhe entregamos no dia 23 de Janeiro, durante a manifestação dos Povos da Peneda-Gerês em Braga.
A carta, que pode ser consultada
aqui, foi entregue no Governo Civil de Braga, nas mãos de um dos Adjuntos. Na data em que se completaram 90 dias de prazo razoável para a Administração se pronunciar (23 de Abril), foi pedido ao Governo Civil de Braga uma simples informação sobre o registo do correio da remessa ao Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, com o objectivo de prepararmos um pedido de resposta. Mas, como estão todos conluiados, também se negam a dar a mera informação sobre o registo do correio. Ou será que a Carta não seguiu para a destinatária? Será este o respeito que merecem as populações locais? É este o tão propalado diálogo?
Não nos espanta nada se na sequência deste espisódio com muita relevância na promoção da nossa região vier a aprovação do novo garrote para as populações locais. Como não nos surpreendeu nada o engodo lançado à Câmara de Terras de Bouro para arranjar a estrada da Bouça da Mó para a Ministra nela passar sem sobressaltos. Já estamos habituados à teoria do pau e da cenoura. Porém, saberemos preparar-nos adequadamente para defender os nossos direitos, os nossos interesses e os nossos valores.
Senhora Ministra, ainda está a tempo de preparar a resposta aos pedidos que lhe fizemos e poderá sair-se bem em território espanhol, conforme os nossos Governantes nos vão habituando nos últimos dias. Caso queira, poderá usar o castelhano ou o galego para dialogar connosco que nós entenderemos.
Dialogar é também ouvir e saber acolher as ideias contrárias. Dialogar não é apenas dizer que se ouviu. E, no nosso caso, o que o ICNB tem feito é tudo menos diálogo, anda a enganar-nos com este falso envolvimento das populações locais. Nunca é demais dizer que aquilo que querem fazer é nas nossas propriedades privadas e nos nossos baldios, sobre os quais temos direitos reais de propriedade e que nada será conseguido sem o nosso consentimento! Por isso, Senhora Ministra, tem agora uma boa oportunidade para começar a convencer-nos que o que nos propõem é o melhor para nós e para o território!
Já tardava, mas, seja Bem-vinda, Senhora Ministra!
Gloria est animorum fortium...